segunda-feira, 5 de março de 2012

LIXO
TEXTO 2



 O Brasil produz cerca de 240 mil toneladas de lixo por dia – número inferior ao dos EUA (607mil t/dia), mas bem superior ao de países como Alemanha (85 mil t/dia) e Suécia (10,4 mil t/dia). Desse total, a maior parte vai parar nos lixões a céu aberto; apenas uma pequena porcentagem é levada para locais apropriados. Uma cidade como São Paulo gasta, por dia, 1 milhão de reais com a questão do lixo. Para o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, são poucas as prefeituras do país que possuem equipes e políticas públicas específicas para o lixo. Quando ele não é tratado, constitui-se num sério problema sanitário, pois expõe as pessoas a vária doenças e contamina o solo, as águas e os lençóis freáticos

             (Física _ Hidrostática, Ed. Positivo, pág 8)





A  partir da leitura dos textos  1 e 2 reflita sobre as informações lidas e, em seguida, responda as perguntas:



1. Inicialmente, verifique se há algum programa de reciclagem de lixo em sua cidade e na sua escola. Se não houver, discuta com professores, colegas e direção sobre maneiras de implementar dentro da sua escola e/ou cidade um programa de coleta seletiva visando reverter os lucros para benefício da escola, de pessoas da comunidade, de entidades beneficentes ou da própria cidade. Se houver, discuta possibilidades de melhorias nesses programas  e cumpra seu papel de cidadão, levando as suas contribuições para as pessoas responsáveis pelo programa.



2. Conforme o texto, uma possível saída para o problema do lixo está na reciclagem aliada a projetos educacionais de conscientização. Cite algumas vantagens.



3. Os metais são muito importantes para o homem. Eles estão presentes no nosso cotidiano nos mais variados objetos que nos cercam (desde uma simples chave, até ônibus, trens, etc.). Depois que os objetos de metais perdem a serventia, simplesmente os jogamos no lixo. Estes objetos vão parar em aterros sanitários, lixões ou depósitos de sucatas. Nestes locais existem pessoas que sobrevivem da venda desses objetos de metais. Elas inicialmente classificam esses metais e os vendem fazendo com que esses objetos cheguem a indústrias siderúrgicas para que possam ser reciclados. Neste processo de classificação, o fundamental é aprender a reconhecer um metal. É muito comum para essas pessoas olharem para a cor para identificar o metal. O critério que elas usam é o seguinte: o que é amarelado é chamado de metal; o que é escuro, de ferro e os prateados de alumínio. Esta classificação não deve ser utilizada porque a cor não serve para identificar um metal. Sugira uma maneira de identificar um metal. Sugira uma maneira de identificar metais, utilizando o conceito de densidade.



4. Sugira algumas soluções para a questão do lixo



5. Faça uma pesquisa sobre o número de habitantes em cada país citado no texto 2 e calcule qual é a massa de lixo produzido por habitante por dia. Compare os resultados obtidos e diga em qual país é produzida a maior quantidade de lixo por habitante por dia.



6. Cite o nome de algumas empresas que fazem parte do Cempre  e descreva suscintamente como elas atuam na preservação ambiental.



7. Entre na campanha pelo fim do saco plástico

Com o título acima o Programa “Fantástico” da Rede Globo no dia 16/03, fez uma matéria sobre o uso do saco plástico para embalar o lixo doméstico.

Leia o texto na página do referido programa e sugira soluções práticas que poderão ser utilizadas na sua cidade.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico



8. A produção de resíduos é inerente à condição humana e inexorável

O lixo continua existindo depois que o jogamos na lixeira.

Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção, ou mesmo reciclá-lo para diminuir a poluição ambiental.

Comente o tema e sugira soluções viáveis em sua comunidade



Outros links sugeridos

http://www.lixo.com.br/

http://www.cempre.org.br/

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

GASES: Evolução Histórica e Teoria Cinética


GASES

       Dos estados físicos conhecidos da ateria, o estado gasoso é o mais simples. Nos sólidos e líquidos, temos interações entre as moléculas enquanto no estado gasoso, essas interações são praticamente nulas (gases ideais). No gás, as moléculas estão afastadas e sofrem um efeito maior da compressão e expansão.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Robert Boyle define a propriedade elástica do ar


Em meados do século XVII, Robert Boyle fez várias pesquisas sobre o comportamento elástico do ar, culminando com a publicação de seu livro, "New Experiments Physico-Mechanicall, Touching the Spring of the Air, and its Effects", no ano de 1660.
Boyle propôs uma explicação teórica para a elasticidade do ar comparando-o a "uma pilha de pequenos corpos, caindo uns sobre os outros", onde estes corpos eram pensados como sendo molas, ou novelos de lã empilhados uns sobre os outros, porém sem movimento independente.
Usando um barômetro de mercúrio, Boyle demonstrou que estamos imersos num mar de ar, que nos comprime com uma pressão igual à de uma coluna d'água de 10 metros de altura. Ou seja, a pressão atmosférica.
Este fato deu origem ao conceito de pressão que antes não era usado, e Boyle ilustrou de forma qualitativa a existência da relação entre a pressão e o volume de ar (o termo gás não era usado na época) contido num recipiente como sendo inversamente proporcional.
Outra contribuição de Boyle para o estudo dos gases, que passaram a ser chamados de fluidos elásticos, foi a constatação que a viscosidade de um gás não depende de sua densidade, ao contrário do que acontece com os líquidos. Tal constatação foi esquecida por muito tempo, até que Clausius conseguiu obter uma explicação teórica para ela.

Uma teoria para explicar a repulsão das partículas é proposta por Newton
Apesar de ter encontrado a relação entre pressão e volume, Boyle não conseguiu descobrir de que forma é a força que existe entre os átomos.
Contudo, logo após Boyle ter publicado suas pesquisas, Isaac Newton usou a relação entre pressão e volume para obter uma hipótese sobre as forças interatômicas.
Para Newton, havia uma força repulsiva com intensidade inversamente proporcional à distância que separa os átomos. Ao supor que o ar era composto por partículas que se comportavam como molas, o termo fluido elástico foi usado até que o conceito de moléculas em movimentos desordenados tomasse lugar.
Isaac Newton (1643-1727), físico e matemático inglês, fundou as bases da mecânica clássica e criou o cálculo diferencial e integral. Newton foi o primeiro cientista a receber o título de Sir (cavalheiro) da rainha da Inglaterra.

A teoria cinética inicia-se com os trabalhos de Bernoulli
Contrário à hipótese de que os átomos são como molas ligadas entre si, Daniel Bernoulli propôs uma teoria para explicar a pressão que um gás exerce. Esta teoria baseia-se na comparação dos átomos com esferas rígidas (bolas de bilhar) que se chocam continuamente por estarem em movimento, sendo que a sucessão de choques contra as paredes de um recipiente é que produz a pressão.
A suposição de Bernoulli que calor é nada mais que movimento de átomos não foi aceita pelos cientistas de sua época, pois estes acreditavam na existência do éter e discordavam da idéia de que os átomos pudessem voar livremente pelo espaço.
Devido ao fato das idéias de Newton sobre a interação entre átomos serem aceitas até por volta do século XIX, a teoria cinética proposta por Bernoulli foi quase esquecida. Somente quando a física alcançou um estágio de desenvolvimento em que os conceitos antigos foram derrubados é que a teoria cinética dos gases ressurgiu.

A teoria cinética dos gases renasce com Clausius
Foi a derrubada da teoria do calórico e sua substituição pela teoria dinâmica do calor que criou a situação favorável ao ressurgimento da teoria cinética dos gases.
Rudolf Clausius foi um dos físicos notáveis do século XIX. Suas contribuições mais importantes foram a formulação da segunda lei da termodinâmica e o desenvolvimento da teoria mecânica do calor sobre as bases do conceito de entropia. Seu primeiro artigo sobre a teoria cinética foi publicado em 1857, onde o conceito de átomos comportando-se como esferas rígidas foi usado para então obter a pressão e a temperatura do gás em função da velocidade das moléculas.
Em um segundo artigo, Clausius introduziu o conceito do caminho livre médio com a finalidade de dar um tratamento matemático ao fenômeno da condução de calor em gases. Este conceito também foi usado para derrubar as objeções que eram feitas contra a teoria cinética.

Maxwell descreve a distribuição das velocidades das moléculas de um gás e funda as bases da mecânica estatística
Assim como Clausius, muitos cientistas acreditavam que as moléculas, depois de sucessivos choques, adquiriam uma velocidade comum entre elas. Porém James Clerk Maxwell discordava desta afirmação e propôs uma hipótese na qual as numerosas colisões entre as moléculas no gás, ao invés de igualar as velocidades de todas as moléculas, produziria uma distribuição estatística de velocidades na qual todas as velocidades poderiam ocorrer, com uma probabilidade conhecida.
As pesquisas de Maxwell sobre a teoria cinética, além de ajudarem a estabelecer as bases para a mecânica estatística moderna, concluíram que a viscosidade de um gás independe de sua densidade, convertendo muitos cientistas que ainda não haviam aceito a teoria cinética dos gases.

TEORIA CINÉTICA DOS GASES IDEAIS

            O estado gasoso apresenta um comportamento especial e, para explicar esse comportamento, vários cientistas buscaram elaborar teorias. A que mais simplificadamente o explica é a Teoria Cinética dos Gases. Segundo essa teoria: 

  • O gás é constituído por um número muito grande de moléculas em movimento desordenado.
  • O volume próprio das moléculas é desprezível frente ao volume do recipiente.
  •  As forças intermoleculares são desprezíveis, exceto nas colisões mútuas e com as paredes do recipiente. 
  • As colisões são perfeitamente elásticas e de duração desprezível.
A característica mais importante desse modelo é que as moléculas, na maior parte do tempo, não exercem forças umas sobre as outras, exceto quando colidem.
Essa teoria consegue explicar, por exemplo, a diferença de velocidade molecular dos gases e explica, também as diferenças de densidade encontradas.
A velocidade depende da massa molecular do gás; gases mais leves apresentam velocidades, maiores, isso ocorre porque as forças de interação entre os gases mais leves são praticamente nulas.
A densidade, pelo contrário, depende diretamente da massa, ou seja, quanto maior a massa molecular, maior a densidade do gás.

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