segunda-feira, 5 de março de 2012

Um comentário:

  1. LIXO

    TEXTO 1

    O que fazer com todo o material que é descartado pelos habitantes do planeta?

    Provavelmente é a questão mais inquietante para um grande número de administradores, técnicos e ambientalistas do mundo todo. Para se ter uma idéia, a cada três meses, os americanos jogam fora uma quantidade de alumínio suficiente para reconstruir sua frota aérea comercial. Parece pouco? Outro dado: em um ano as garrafas de refrigerantes descartadas seriam suficientes para dar quatro voltas ao redor da Terra. Para se ter uma idéia bem mais próxima da realidade sobre o tema do excesso de material descartável - o lixo, em outras palavras - basta dizer que nos Estados Unidos cada habitante produz, em média, meia tonelada anual de lixo, ou um quilo e meio de lixo por dia.

    Essa grande batalha estratégica contra o acúmulo de lixo tem significados ambientais, sanitários e econômicos. Por isso, cada vez mais a idéia de reciclagem de materiais jogados fora está encontrando respostas por parte de pessoas interessadas na preservação do meio ambiente e, por extensão, da própria vida.

    Simplesmente, lançar lixo nos aterros sanitários ou em formidáveis depósitos a céu aberto é armar uma bomba de efeito retardado que, a seu tempo, haverá de cobrar da humanidade um tributo de pesadas conseqüências.

    Diante disso, o primeiro passo é estabelecer a distinção entre o lixo orgânico (destinados a aterros sanitários) e o material que pode ser reciclado, como papel, papelão, plástico, alumínio, vidros, pneus e óleo lubrificante, entre outros produtos.

    Desde março de 1992, um grupo de empresas, firmou um propósito de estimular ações positivas da cidadania na área do meio ambiente.O documento resultante dessa visão empresarial voltada para as necessidades básicas, recebeu o nome de Compromisso Empresarial para a reciclagem (Cempre), uma entidade que não visa a lucros, mas que definiu seu objetivo principal na promoção do gerenciamento integrado dos resíduos sólidos. Um dos resultados práticos do Cempre foi o desenvolvimento de inúmeros projetos pioneiros de coleta seletiva de lixo

    O Cempre ajudou as prefeituras municipais(Belo horizonte, Ribeirão Preto, João Pessoa, entre outras) a organizar seus programas de coleta seletiva de lixo, dando informações técnicas, treinando mão-de-obra especializada e apoiando eventos e campanhas de reciclagem. Contudo, apenas na cidade de Porto Alegre, é que existe um sistema pelo qual todo o lixo urbano passa pela coleta seletiva para reciclagem.

    Mas dentre as cidades brasileiras, a que em primeiro lugar mostrou sua preocupação com os resíduos sólidos urbanos foi Curitiba, que instituiu o programa “Lixo que não é lixo” em outubro de 1989, com o objetivo de estimular a separação do lixo doméstico dentro da fonte geradora que é o domicílio.

    Recentemente, o programa de coleta seletiva de lixo em Curitiba passou a incluir no seu rol de preocupações também as bateias e pilhas usadas. Funcionários treinados fazem a separação, pesagem, enfardamento e estocagem do material, que posteriormente é vendido como insumo para as indústrias de transformação localizadas no Paraná e em outros estados.

    Reciclar é preciso, mas não é tudo. Só a reciclagem e o tratamento de material orgânico não resolvem o problema do lixo. É preciso, uma nova cultura que reduza o consumismo e produza menos lixo, que se relacione melhor com a natureza.

    (Física _ Hidrostática, Ed. Positivo, pág14)

    ResponderExcluir